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08/03/2019
Por: Equipe Fundo Dema
Assunto: Notícias
Leitura: 2 minutos

Em Belém, ato de 8 de março é marcado com Banquetaço

Por Élida Galvão

| Centenas de pessoas participaram do ato pelo Dia Internacional da Mulher realizado com o movimento Banquetaço


Iniciado em frente ao Mercado de São Brás, em Belém, o ‘Ato Pela Vida Das Mulheres: Resistiremos com Soberania Alimentar’, realizado neste oito de março, Dia Internacional da Mulher, foi marcado por um Banquetaço com uma mesa de cerca de 15 metros preenchida com alimentos orgânicos, produzidos por comunidades extrativistas e quilombolas, distribuídos gratuitamente à população.

Além de reivindicar a igualdade de gênero e o fim de todas as formas de violência contra a mulher, a frente feminista local foi às ruas para lutar, também, em favor do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), extinto pelo governo de Jair Bolsonaro, e pela aprovação, no plenário da Câmara, da Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PNARA), contrária ao ‘Pacote do Veneno’ na agricultura, para a proteção da saúde coletiva e ambiental.

Uma diversidade de alimentos regionais foi vista no Banquetaço. Pupunha, bolinho de piracuí, bolos de frutas regionais, suco de cupuaçu, macaxeira, e até mesmo farinha d’água compunha a mesa. Centenas de pessoas foram alimentadas com comida de verdade, produzidos sem o uso de agrotóxicos durante o Banquetaço, que é um movimento político suprapartidário de mobilização contra os retrocessos vinculados à alimentação saudável e nutritiva.

Agroextrativista da comunidade Pirocaba, localizada na região do Baixo Tocantins, no Pará, Daniela Araújo, considera que a junção do Dia Internacional da Mulher ao movimento Banquetaço foi importante para visibilizar a importância do papel da mulher na agricultura familiar e na luta em defesa do território. “Uma causa soma com a outra. Os alimentos, em sua maioria, são produzidos por mulheres do campo e são cultivados de forma agroecológica. E também destaco a defesa do território, pois se eu não tenho onde plantar, não tenho como produzir o que pode me alimentar”, diz Daniela.

Entre as organizações e membros da sociedade civil envolvidos no ato estiveram a Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE) / FUNDO DEMA; docentes da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade da Amazônia (UNAMA); associações de comunidades quilombolas e agroextrativistas; Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); Ponto de Cultura Alimentar Iacitatá; Rede Amazônia de Cultura Alimentar; Toró Gastronomia Sustentável; Movimento Slow Food Brasil; Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do estado do Pará (FETAGRI-PA).