Famílias do Frutos do Baixão controem viveiro em mutirão e recebem capacitação
Por Élida Galvão
Fundo Dema
Avançando mais uma etapa, o projeto ‘Frutos do Baixão’, que envolve as comunidades Baixão Bonito e Açaituba, em Itaituba (PA), tem contribuído para a qualificação das famílias produtoras que o integram. Em novembro, os/as agricultores/as participaram de uma capacitação itinerante promovida pela parceria entre a Secretaria de Estado de Agricultura (SAGRI), o Banco da Amazônia e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). A atividade possibilitou maior compreensão sobre a forma adequada de manuseio e armazenamento de produtos e como garantir uma produção de qualidade.
As famílias são capacitadas para qualificar o plantio e a produção de polpas de frutas
Além disso, por meio do projeto, que é apoiado pelo Fundo Dema, os/as integrantes adquiriram quatro mil mudas de plantas cítricas, entre elas laranja, tangerina e limão. No total, oito famílias compõe o projeto, cada uma receberá 125 mudas para plantar em seus viveiros, construídos por meio de mutirão em cada propriedade.
“Aqui é todo mundo se ajudando. Por conta do projeto, a nossa comunidade está mais unida”, afirma Sandra Martins, coordenadora do projeto e chefe de uma das famílias que o integram. De acordo com Sandra, a organização da comunidade é tamanha que até mesmo um caderninho de protocolo foi providenciado para o controle do empréstimo dos utensílios coletivos, como a roçadeira.
Em mutirão, os/as integrantes do projeto constroem viveiros de mudas
Em maio deste ano, a comunidade adquiriu diversos equipamentos de uso coletivo para a Associação, como a própria roçadeira, notebook, impressora, caixa amplificada e um freezer, que tem servido para armazenar os alimentos para as refeições nas atividades de mutirão. O freezer também servirá para conservar as polpas de frutas extraídas da plantação a ser efetuada com as espécies cítricas, além do açaí, buriti, andiroba, mogno e cumaru, já adquiridos.
Oito canteiros foram construídos coletivamente, um em cada área familiar
Este plantio será realizado em uma área de oito hectares de áreas degradadas. Com o objetivo de recuperá-las, cada família ficará responsável por um hectare. Dessa forma, além de possibilitar a recuperação de áreas degradadas, o plantio diversificado promete gerar renda às famílias a partir da comercialização de polpa de frutas, combater a exploração ilegal de palmito na área e ainda contribuir para a preservação da biodiversidade local.
“Esperamos que no futuro as famílias tenham uma fonte de renda melhorada com a venda dessas frutas. No início foi difícil convencer que a recuperação de áreas degradadas era uma proposta boa, mas agora todos estão bem animados com o projeto”, avalia Sandra.
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