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29/04/2022
Por: Equipe Fundo Dema
Assunto: Geral
Leitura: 3 minutos

FASE celebra 60 anos com homenagem a Jean Pierre Leroy e unidades regionais

Por Élida Galvão

Celebrando 60 anos, a Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional realizou uma programação especial na cidade de Rio de Janeiro, município em que fica localizada a sede da instituição. O evento foi realizado em três dias, reuniu mais de 200 pessoas e contou com momentos de debate, lançamento de publicações e homenagens na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Durante os dias 27 e 28 de abril, faseanos, faseanas e convidados estiveram reunidos no Colégio Brasileiro de Altos Estudos para debater a conjuntura política e os desafios para a reconstrução do país. Na ocasião foi lançada uma edição da revista Proposta, comemorativa aos 60 anos.

Graça Costa é homenageada durante celebração de 60 anos da FASE. Foto: Guilherme Carvalho

A programação contou, ainda, com seminários internos de diálogo e avaliação sobre os resultados do impacto do trabalho da FASE nos últimos dez anos. Uma das mesas teve a participação de Ivete Bastos, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém, entidade que integra o Comitê Gestor do Fundo Dema.

“A atuação da FASE na nossa região é muito importante, no apoio ao fortalecimento institucional, desenvolvimento de projetos, na diversidade da produção agroecológica, no papel educativo, além da atuação do Fundo Luzia Dorothy do Espírito Santo e do Fundo Dema. A gente tem um sentimento pertencimento à FASE”, considerou Ivete.

Homenagens

No dia 29, a celebração seguiu com homenagens em sessão especial na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Foram homenageadas todas as equipes das cinco unidades regionais da FASE, entre elas, a FASE Amazônia e o Fundo Dema, respectivamente representados por Guilherme Carvalho, coordenador da FASE Amazônia, e Graça Costa, presidenta do Comitê Gestor do Fundo Dema.

Guilherme Carvalho representa a FASE Amazônia durante homenagem às unidades regionais. Foto: Arquivo FASE

De acordo com Graça, “o ponto alto foi a homenagem a Jean Pierre, tiveram vários depoimentos e depois várias outras homenagens a membros da FASE, entre estas pessoas, incluindo eu, foram homenageados também Matheus [Otterloo], Maria Emília [Pacheco] e Zilea Reznik”.

 “Além de um momento de poder encontrar as equipes, em que tivemos a oportunidade de trocar experiências, a homenagem a Jean Pierre foi muito significativa porque fortaleceu a natureza da FASE, uma instituição muito reconhecida, e mostrou os desafios que estão postos para nós, evidenciando tudo o que precisamos fazer”, considerou Guilherme Carvalho,.

Jean Pierre Leroy, falecido em 2016, foi homenageado com o Prêmio Cidadão Carioca (post mortem). Filósofo e pesquisar, Leroy foi assessor da FASE, membro da Rede Brasileira de Justiça Ambiental (RBJA) e ex-membro do Conselho Diretor do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc). Tendo atuado na FASE Amazônia, o francês naturalizado brasileiro, acompanhou por mais de 40 anos o processo de ocupação da Amazônia e os conflitos de terra no Pará.

Em vídeo, Matheus Otterloo, assessor do Fundo Dema, também homenageou o colega, com quem atuou na FASE Amazônia. “O Jean Pierre foi de uma imensa significação para o trabalho da FASE na Amazônia e mais tarde como dirigente de toda a FASE (…) É muito justo e uma feliz memória é que a FASE faz coincidir a sua celebração de 60 anos com a publicação de pensamentos e visões de Jean Pierre Leroy. Devemos muito a ele, a FASE e à população. Até hoje os efeitos do seu trabalho são sensíveis dentro dessa região da Amazônia, explorada e encarada de uma maneira colonial”.

Em vídeo, Matheus Otterloo homenageia Jean Pierre Leroy

Durante a cerimônia, a FASE lançou o livro Fazer Comum, memórias de Jean Pierre Leroy e que contou com a participação de Juliana Malerba – assessora da FASE e parceira de trabalho do homenageado – na organização. “Se eu tivesse que escolher algumas palavras para defini-lo seria empatia, solidariedade e um enorme desejo de futuro. Jean tinha uma grande capacidade de escuta, de exercitar a alteridade, de se solidarizar e se comprometer. Essas memórias nasceram do compromisso que assumiu com seus familiares de registrar suas experiências de vida no Brasil”, discursou Juliana.